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Mostrando postagens com marcador Quando a Literatura me Invade. Mostrar todas as postagens
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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Pronto, [acho que] passou

Relendo o que acabei de publicar percebi que não mencionei livros especificos, ou determinadas músicas. Então agora, aproveitando a calmaria do olho do furacão [porque a tempestade volta, certeza], segue uma postagem absolutamente banal, bem do meu jeitinho característico e reconhecível.

Primeira semana de aula, né? mas ainda é quinta! Dane-se, não tenho mais aula essa semana, então acabou! De início, explicando: ainda não encontraram professor pra disciplina de quinta feira que ainda não sei o nome, então fica por isso mesmo. a Segunda foi um total desperdício do meu precioso tempo, mas em compensação na terça eu não dormi. Continuo entendendo bulhufas de gestão estratégica e o escambau relacionado a, mas eu não dormi, então comemoremos. Entretanto, hoje as pálpebras pesaram... mas a prof que eu não sei onde andou o curso todo que não me deu aula de todas as disciplinas não deixava, no bom sentido. duas horas sensacionais, cara! E é isso, essa foi a primeira semana de aula da oitava fase.

Tá, rapidão, posso voltar rapidinho num assunto? não tô gostando de mim repetitiva desse jeito. A primeira coisa que eu noto enquanto escrevo é que tô escrevendo mal; ok, não catastroficamente mal como a gente vê por aí, mas no mínimo tô escrevendo feio, e... eu não gosto disso, ora bolas! Isso de ficar tudo parecendo a mesma coisa, e notem a redundância, pra fechar com chave de ouro: estou re-pe-tin-do a reclamação sobre esstar repetitiva. Ou eu sempre fui assim, ninguém nunca fez a gentileza de avisar e só agora tô percebendo e ohmeldels é o fim? [terceiro tachado do texto, assim não dá!]

Ok, passou o surto sobre surtar. Vim falar de banalidades, certo? Sobre banalidades falarei, pois. [somebody stop me, PLEASE!

Já tô relendo O Último Olimpiano. Num pdf mal traduzido e mal formatado mesmo, porque nunca que eu aguento esperar lançarem, mesmo que seja daqui menos de 15 dias. Depois eu leio de novo, sem problemas. E enquanto isso, vou ouvindo Karkwa, Nine Black Alps, Puddle of Mudd, e por aí vai...
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Tá, mais alguém sentiu que o parágrafo anterior pareceu forçado? pois é, eu também. Vou parar enquanto... por enquanto. Tchau.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

da preguiça de existir e outros males

vidinha mais ou menos, sabe?

dias que venho ensaiando dar sinal de vida aqui, mas sempre com sono, sempre lendo algo, ou num papo muito interessante no msn, e aí fica pra depois. Agora mesmo, só sai porque resolvi abstrair do desconforto de digitar no juvenal toda torta desse jeito que tô.

e nem tem tanto pra falar desde o mais recente blá blá blá. Teve festa da Kiks, mas dessa choradeira não quero falar. Teve shopping com Carol, Kiks e Lizi no dia seguinte, e daquela comilança também não tem muito o que dizer. mas que tem pra contar então, Nayana?

Sei lá. Tem pra contar que li o primeiro livro d'As Brumas de Avalon, e curti muito e quero comprar pra terminar de ler, não necessariamente nessa mesma ordem. Aí, na falta do segundo pra continuar, Rendi-me [outra vez] a Percy Jackson. Matei O Ladrão de Raios em um dia, agora tô engrenando n'O Mar de Monstros... e assim vai. Mas desde hoje cedo senti um comichão pra retomar TCC com tudo, pra ver o que é a força do pensamento: praticamente já decidi a academia em que matricular-me-ei [que mesóclise linda, nuss!], aí até anima pensar que só por isso parece que a cabeça já funciona melhor.

Ah, hoje também passei na farmácia e comprei algodãozinho de limpar a pele, bem mocinha. Falta só o demaquilante chegar, aí serei peruazinha por mais momentos do meu dia que de costume. [Contextualizando: quem me conhece sabe que quando o stress domina minha pele fica hor-rí-vel, então uma das novas resoluções é cuidar melhor do cartão de visitas que deus me deu].

De mais, ando ouvindo com mais dedicação e carinho Puddle of Mudd, mas o curioso é que só entro na vibe mesmo quando tô bem encolhidinha no meu quarto - fora de casa, ainda não há nada como quase qualquer coisa da Jeniffer Rostock, ou Pocket Full of Stars pra dar aqueeela acalmada. Em momentos de paz, Karkwa dá e sobra.

Ando é bem ansiosa com o novo do Nenhum de Nós que vem por aí, e li essa semana que Biquíni Cavadão também lança inédito esse ano. Se eu não enlouqecer com tanta descoberta boa até lá, 2010 será definitivamente um ano muito feliz, musicalmente falando.

Chato vai ser trabalhar dia 31 e dia 7, assim, dois sábados seguidos, justamente os dois de aniversários de pessoas importantes. Mas boto fé que a viagem mega corrida à Sampa tem tudo pra ser ótima. O que, aliás, me lembra que tô com mais saudade da Ju do que gostaria de admitir. 

Enfim. Depois da chuva surpresa de hoje, de um mau humor orgulhosamente controlado e uma cara blasée pra tudo que podia ter me irritado profuuuundamente, resta apenas o câmbio desligo e a vã promessa de postagens melhores, e provavelmente não aqui, né... 

Boa noite.

sábado, 22 de maio de 2010

@cwaestranha me reply no twitter e eu fico toda besta, reação natural minha quando pessoas que admiro se dirigem à minha humilde existência [tinham que ver minha cara de besta quando vi que ela também me segue também...]. E não fosse suficiente a pessoa responder um assunto aleatório meu, ainda me despertou mil coisinhas pra discutir, ou pelo menos refletir, sobre a tal literatura infantil que deve dominar minhas leituras até o fim do ano [mas com moderação, afinal ainda não terminei Saramago e falta sequer começar Hugh Laurie].

Mas vamos as reflexões: Carrie mencionou que gosta mais de literatura infantil hoje do que quando era criança, e temos aí uma coincidência: eu também. Não deve ser à toa que meu livro favorito ever, o que eu leria todo santo dia se meu tempo assim permitisse, é infanto-juvenil. Por mais que eu goste de Zafón, de Eugenides, de Zusak, esses caras são pesaaados [cada um a seu modo], e até hoje não li nada mais leve do que O mundo é pra ser Voado, da Vivina de Assis Viana. Nada, nem Snoopy. E aí essa inversão, ou atraso, por assim dizer, me remete àquele texto que dizem que é do Charles Chaplin [não ponho minha mão no fogo pela informação, apenas repasso o que li/ouvi. Se é mesmo dele ou se só atribuem erroneamente, a culpa não é minha!] sobre a vida estar ao contrário.

Porque às vezes parece tudo errado, tudo muito, muito errado. Assim pelo avesso, sabe? É uma coisa meio Benjamin Button, talvez. Porque hoje eu volto ao colégio em que estudei da sexta série ao terceiro ano do ensino médio [com uma repetição, inclusive], ou encontro um ex-professor seja no laboratório de português ou no bar [sim, no boteco mesmo!] e dá uma vontade medonha de viver tudo aquilo de novo, mas com ‘a cabeça’ de hoje. A percepção de hoje, os talentos e capacidades que tenho hoje e nem a pau teria naquela época.
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Em suma, eu queria ter nascido já evoluidinha assim, sabe?

sábado, 17 de abril de 2010

Well well well... plantão básico de sábado, com o tédio idem. Pelo menos a Ju tava lá, acho que se estivesse sozinha tinha surtado...

Mas vamos as reflexões do dia: cara, que zuper legal foi com a turma do Inglês I. E adorei a profa também... sempre bate aquela vontade de voltar, né? [mas agora eu vou firme no alemon, não adianta] Tá bom que quando os alunos foram em bando fazer cadastro eu tive vontade de subir no balcão e berrar 'traaaaasgo nas masmorraaass!!' pra ver ser faziam menos barulho, mas ainda assim foi muito bom ver o trabalho rendendo.

E hoje também baixou a Hermione de novo [grazadeus, diga-se de passagem]. Comecei a esboçar o arremedo de rascunho do projeto do TCC, e no meio do caminho pra casa comecei a ler o texto do Lancaster pra discutir na sexta... [particularmente, renderia uma ótima apresentação, mas Elisa pediu só pra ler mesmo... ]. Aí eu descobri que eu ainda quero muito ser bibliotecária de referência, mas não no Brasil. Preciso ir pra um lugar onde as pessoas saibam o que eu faço - não que eu não goste de divulgar, mas o tempo todo desanima, poxa. E olha que fofurinha esse... desenho? gráfico? ilustração? não sei, mas eu achei muito a minha cara:

[toscamente escaneada do xerox do cap. 3 do livro Avaliação de Serviços de Bibliotecas - F.W. Lancaster, 1996]


Pra situar: a imagem ilustra o que Lancaster chama de viés de estante, que é tipo uma estante no final de um dia de muitos empréstimos, sabe quando tá mais vazia que cheia e os livros legais já saíram? então, basicamente isso.

E ainda falando de biblioteconomia, hoje eu e Ju tabulamos mais um pouco do estudo de usuário lá da Biblioteca, mas nem precisa terminar pra descobrir o ponto principal: A maioria não sabe sequer preencher formulário. Sério, a coisa é insana. foi assim: sobre alguns serviços, perguntamos se eles conhecem, se utilizam e o grau de dificuldade [fácil, médio e difícil]. Pois bem, alguém que conhece, usa e acha médio, ok; alguém que conhece e não usa, e acha difícil, compreensível também. Mas alguém que não conhece, não usa e acha difícil merece o que? humilhação em praça pública, né? É deveras desesperador, mas no fim a gente se diverte...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Ai que manhã caca!

Cheguei menos de meia hora atrasada na aula, mas o primeiro pensamento foi: ‘tô NEM AÍ pra estratégia, cara’. Sério, Gestão da informação é legal pra caramba, tem umas coisas bacanas de debater, tipo relevância x prioridade dos documentos pra instituição, ou analisar o fluxo informacional da empresa, ou ainda a inteligência competitiva... tudo isso é deveras interessante, mas 1: detesto quando misturam administração, não suporto, repudio, tenho ódio; 2: na mesma proporção do interessante, é tudo complexo demais pra sete e meia da manhã, galëre. E aí profa faz slide cheeeio de texto, e simplesmente lê, e ai como eu não gosto disso. Mas passa, tudo na vida passa. [Só o que não passa é essa dor, esse desconforto nos ombros, a sensação de asas tentando se libertar, como na crônica da Lya Luft no livro Perdas e Ganhos].

E por falar em livros, A passagem do anjo tá se arrastando. E peguei mais quatro na Biblioteca Central hoje, pra ser esse raio de projeto de TCC desempaca de uma vez. Mas eu queria reler O jogo do Anjo [período angelical, vai dizer], e Amanhecer, e The Lightning Thief, que tá tri barato na Saraiva mas se eu gastar mais um tostão com coisas supérfluas esse mês eu mesma me trucido, mamãe nem terá o trabalho. [a saber: quem diria que livro é supérfluo é ela, não eu. Não, nunca, deuzolivre].

Pelo menos a reunião no trabalho rendeu [apesar de a sacola do refrigerante ter estourado no caminho da padaria até a biblioteca], bem como eu myself sinto-me render com isso de trabalhar mais cedo – deve ser mecanismo de defesa do meu falho cérebro, mentindo pra si mesmo a fim de esquecer que amanhã serão NOVE horas de expediente. Acho bom meus monstrinhos me trazerem algum mimo se vierem estudar a tarde, caso contrário eu troco o jeans por uma saia antiquada, faço um coque, penduro o óculos na ponta do nariz e encarno a bibliotecária má pedindo silêncio de cinco em cinco minutos. Provoca pra ver.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

The multitude of books is making us ignorant

Voltaire.
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E isso resume minha inquietude com meu mundinho literário, acho. Eu só trocaria 'ignorant' por 'insane' - tem mais a minha cara, digamos.

***

Na verdade, mil coisas pra falar.

Andei sumida daqui: tava ocupada vivendo, como diz o Fabricio. Aí hoje fui brutalmente acordada acordei e minha alma está disposta, tanto que arrumei o quarto, organizei o guardarroupa [jamais me acostumarei a escrever assim...] e vim trabalhar lendo texto do Merlo Vega pra prova de amanhã, o que, antes de me dar sono, me deu uma ideia: acho que tá na hora de me atrever a ler mais em outros idiomas, que se eu continuar enlouquecendo paulatinamente, pelo menos enlouqueço aprendendo algo verdadeiramente útil. Legau, né?

Mas aí falar de livros e leitura me lembra outra coisa: tô mais que desanimada com aquele blog que fiz pra falar só disso. Claro que eu jamais imaginei que seria A pioneira na ideia, mas só depois de criar algo do gênero eu vi como isso já existe, e caramba, eu queria fazer alguma diferença. Mas já vi que não vai dar, então não vou deletá-lo, mas a temática vai mudar: parô a preocupação em ser formalzinha e evitar o juízo de valor. A partir de agora, quando eu escrever lá, vai ser só pra divagar legal sobre o que li, e não quero nem saber.

sábado, 27 de março de 2010

Fogo de palha

Ou não: até segunda pretendo escrever n'O Diário da Traça uma pseudo resenha sobre A Menina que não Sabia Ler.

E na real só registrei aqui porque quem sabe então eu crio vergonha na cara e realmente faço isso com esse livro. E com A Sombra do Vento, e com Harry Potter todos, e com o Percy Jackson, e...mais um monte que só olhando na estante pra lembrar  .___.

Anyway, eu tô tão, mas TÃO cansada, que nem falar do próprio cansaço eu consigo, então por hoje é o que me cabe informar. 

Gute Nacht!

sexta-feira, 19 de março de 2010

Poeminhas pra... qualquer coisa a tarde

Fazia tempo que eu sequer abria o blog da Martha Medeiros [sim sim, shame on me!] mas hoje, quando abri o e-mail informativo, já de cara ela falava do Leminski - COMO eu poderia não parar tudo e ir correndo?

Aí, chegando lá, descubro isto. Só senti que precisava comparitlhar com o mundo [não que a Martha já não tenha feito isso, mas só quero reforçar...]

Enjoy!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Zenti, hoje é dia de representantes de laboratório virem no hospital, vender seus peixinhos. Até aí nada demais, certo? O caso é que eles trazem amostrinhas, e aí a hipocondríaca aqui passa pelo living do centro de estudos pra ir ao banheiro e fica bem louca, querendo saber pra quê é cada uma das caixinhas coloridas sobre as mesas - porque são majoritariamente remédios para pequenos infantes, logo, tem que ter a interface amigável, como diria o saudoso Gláucio Fontana em suas aulas de informática documentária. Ai ai.

E depois eu conto a quantas anda meu ensaio sobre o livro que tô lendo, do Pierre Bayard [como falar dos livros que não lemos]. Até agora só tem dois parágrafos e claro que a resenha final vai pro Estante, mas eu comento mais aqui como é boa essa sensação de auto-estranhamento - porque eu quase não me reconheço escrevendo naturalmente em academês fluente.

***

Eu tô me sentindo praticamente uma lagartixa que perdeu o rabo numa chinelada pouco certeira: com um incrível poder de regeneração. Vou até mudar esse layout, que é lindo sim, mas não tá mais condizendo com meu estado de espírito...

Hasta!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

1970 (Paulo Leminski)

Tudo o que eu faço
alguém em mim que eu desprezo
sempre acha o máximo.
Mal rabisco,não dá mais para mudar nada.
Já é um clássico.
(do Livro Distraídos Venceremos)

***

Quer me deixar feliz, colocar um sorriso no meu rosto? me dá alguma coisa do Leminski pra ler. Ela é tão ridiculamente simples que dá vontade de arrancar os cabelos pensando 'como eu não pensei nisso antes?'. Porque acho que nem em 3 encarnações o que eu escrevo vai ser tão delicioso de ler quanto são os poemas dele.

Esse é o meu favorito:

"O amor, então, também acaba?
Não, que eu saiba.
O que sei é que ele é matéria prima
que a vida se encarrega de transformar em raiva.
Ou rima."
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Preciso dizer mais alguma coisa?? >.<'

domingo, 19 de julho de 2009

19 de Julho

Então que ontem eu fui ver HP e o Enigma do príncipe. Até ia sozinha mesmo, bem curtindo meu blues como fiz o fim de semana todo, mas no meio do caminhjo a Deh ligou e acabei esperando ela. Foi divertido, principalmente na parte em que pude contar o que tá acontecendo sem ela fazer eu me sentir um lixo maior do que já tô sentindo sozinha. E não, eu não virei emo, só estou declaradamente triste com coisas que aconteceram na semana que acabou.

Mas voltando ao filme... bom. gostei mesmo, mas claro que matar alguém e não enterrar ficou meio sem nexo [e não quero ver reclamação de spoiler, que não citei nome nenhum!]. Uma coisa pela qual eu não esperava era pela atuação meia-boca do Felton, isso sim. Porque antes da estréia eu li várias coisas, disseram que ele tava mais expressivo, que dessa vez não era só fazer cara de nojinho - é, realmente, agora ele alternou entre a cara de nojinho e a cara de emo, pelos cantos de Hogwarts. Mas a cena do sectumsempra foi massa, podia ter durado mais... [não, eu não sou sádica, é só porque ele tava legal mesmo]. By the way, ele continua me lembrando o Rodrigo Santoro em Actually Love - como diz a Carol, o "mudinho". Botem aquela peste pra falar, cacete!

E tome Rasura... dói mais que A lista, definitivamente...E falando em música, alguém por favor me lembra de *espancar* o Marcelo Camelo se eu encontrá-lo por aí... Só por Sentimental ele já merecia uma coça, mas depois que ouvi Primeiro Andar, é oficial: vou encher ele de porrada! :s Mas é tudo uma questão de contexto, claro. Tuuudo contexto.

Ah, mas ontem aconteceu mais uma coisa legal: enquanto eu tava esperando a Deh, entrei na Nobel, aí fui na prateleira da L&PM, e comprei "1933 foi um ano ruim", do Fante, e terminei ontem mesmo, porque é bem bom! Agora quero tentar "Pergunte ao Pó "de novo, acho que dessa vez vez consigo terminar... =)

Na real, na real... sabe qual é meu atual estado de espírito? What Sarah Said, Death Cab for Cutie.

...Who's gonna watch you die?...


segunda-feira, 13 de julho de 2009

Happy Birthday to me...

Sim, dando uma de HP total, afinal no máximo fim de semana que vem vou assistir O Enigma do Príncipe. Weeee!!

Anyway, de repente me baixou uma entidade assim parecida com a Vani depois do moderador de apetite. Vontade de falar, falar, falar. E como ficar falando sozinha no quarto é muito chato, achei melhor canalizar isso pra algo mais produtivo. Comentar músicas do NdN, por exemplo.

Eis que me deu na veneta de ouvir Onde você estava em 93?, e isso me remeteu à versão de Experiência do Mundo Diablo: "abra sua mente, sem pressa, sem mais, há tanto que eu não sei e as palavras podem esperar..." Well, claro que eu poderia pegar essa deixa e deixar o post pra amanhã, mas como amanhã a reles mortal aqui trabalha e a noite tem visita, fica difícil. E eu tô com uma saudade avassaladora desses guris... :s

Ai, que hiperatividade mais inconveniente, zezuis! Tô cansada, cheia de dorezinhas estranhas, com frio, ficando doente e de modo geral precisando descansar porque amanhã é segunda feira, mas não consigo sair daqui. E esse gosto de gripe na boca, coisa horrível! Fora o pseudo enjoo, vai ver a monstruosidade de docinhos e salgadinhos que comi não caiu lá muito bem... aff.

Definitivamente, vou pra cama que é lugar quente. Boas noites!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Até agora, no lustre do castelo...

Saudade de ler Martha, especificamente a poesia. aliás, dado o meu atual estado de espírito, acho que a melhor pedida é o Cartas Extraviadas e Outros Poemas. Deeeus, é isso, alguém por obséquio materializa ele na mimha mão NOW. Esse ou O Mundo é pra ser voado, que eu preciso lavar os olhos um pouquinho. Lendo assim "como se fosse uma oração", como falou a palestrante hoje no auditório, porque não faço idéia de quando terei estômago pra assistir Before Sunset outra vez na vida.

Ah, e falando na palestra, até que foi aproveitável. Ainda que ela tenha ido pra falar sobre literatura e editoração e eu tenha na verdade "aprendido" a criar filhos saudáveis - não que eu pretenda, de que forma seja, mas enfim - foi... interessante, até. E deu pra matar a saudade da Maria Emília =)

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Oh, canseira...

E eu que falei que quando voltasse contava de Porto... nem as fotos descarreguei ainda [também pudera, usb com defeito... aff]. E o pior é que agora tô com uma puuuuta preguiça de falar sobre, e tá frio, e sem foto pra mostrar não tem graça. Um dia [um dia...] eu coloco aqui pelo menos as fotos do power sebo que encontrei por lá - afinal São Pedro fechado tem nem graça, né não?

Enfim... novidade? zeeeeero. Faculdade enlouquecendo-me loucamente? ninguém mais aguenta ouvir isso, nem mesmo eu; trabalho estafante? é, mas nas últimas semanas até que produtivo e "gratificante" [ou qualquer sinônimo menos exagerado, que também não é taaanto assim não]

Ah, sabem o que acabo de descobrir? minha digitação, que já não era a melhor do mundo, tá tãão pior... e no fundo não posso nem culpar meu teclado que já se apaga... mas talvez esse seja o incentivo que eu precisava pra parar de escrever de uma vez.

E os livros? zezuis, não falei da Rowling ainda..! mas depois, depois... merece exclusividade, isso. Por enquanto, compartilho minha alegria por estar a ler Virgínia Woolf, que eu achava que, depois da furstada tentativa de As Ondas, jamais conseguiria. Gracias que isso mudou, agora eu quero me afogar lendo essa mulher...

sexta-feira, 13 de março de 2009

Enquanto uns tem saudade da Amélia...

... eu tenho saudade é do vô Aurélio.
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Ai, ai.
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Que fanfarrão era Baudelaire!

sábado, 28 de fevereiro de 2009

O que há de errado comigo?

Eu não sei nada e continuo limpo... não sei nada mesmo, mas limpa é outra história. Ao menos se considerar todo o sangue que tenho derramado, ou todos os remédios e coisas que tenho usado pra aliviar as dores que me surgem com periodicidade cada vez menor.

Acompanhem a retrospectiva das duas últimas semanas: dia 14 de fevereiro, baita queimadura na praia, a ponto de precisar de analgésico e litros de soro fisiológico. Dois dias depois, crepúsculo [já falo mais] cai de quina no meu pé direito, e horinhas depois dou uma beeeela topada num banner do cinemark - com o mesmo pé, unha do dedo maior arroxeada até agora. Mencionei que o lado mais queimado foi o direito tb? Pois é. E teve também a canelada no trindade, inauditamente do lado esquerdo.

Mas a vida é uma caixinha de surpresas!! Então eis que, em plena noite da segunda feira de carnaval, meu joelho [preciso dizer qual?] quase explode num choque contra a porta da cozinha. Três minutos imóveis no chão, eu eu crio coragem pra tentar mexer - ok, não quebrou, "geeeelo, Andrés!" e me arrasto até o sofá e dali pra cama, pra vegetar até quarta de manhã, hora de ir pra aula. Mancando. Melhorei na quinta, mas só até bater O MESMO PONTO, do MESMO JOELHO, no pé da mesa. Balanço: o ovo do inchaço já baixou, mas continua amarelado.

Mas a semana vai até sexta, né? Loogo, pra fechar com chave de ouro [ou da cor do polvidine, que seja], eu realizo a façanha de voar do portão social de casa até quase o meio da rua, dando plenas oportunidades pra, caso o destino assim determinasse, um motorista com a mesma sorte que eu arrancar uma cabeça; Não procurei detalhadamente, mas uma perícia forense com certeza acharia fragmentos da minha pele em vááários paralelepípedos aqui na frente de casa. De mais visível, só a gota de sangue do cotovelo quase estraçalhado. Ah, e teve uma diferença: foi o cotovelo esquerdo. Mas a mão que eu mal consigo mexer é a direita, anyway...

Agora sem piada [mas partindo pra pseudo ficção]... que seja impressionismo meu, mas dá uma sensação de Bella Swan que vocês não imaginam! Com a [des?] vantagem [?] de não ter um Edward Cullen pra me salvar. Mas essa analogia é na verdade só pra ter o gancho e começar a falar da obra da Meyer [ da parte que conheço até agora, ao menos]. Mas só da literatura, que o filme... deixa pra lá, o relevante é só que num dia baixei e assisti,e a musiquinha no piano é estranhamente viciante, equiparando-se a Zafón.

Mas continuando; isso que ela tem construido é.. fascinante. O modo como ela mescla o fantástico e o comum é atordoante [sim, vários adjetivos que rimam] demais, bem como a sintonia dos dois em Crepúsculo... Mas me dá uma sensação tãããão esquisita, meio que um blues misturado com... com... sei lá com o quê! Especialemente quando a família Cullen entra em cena, e pelo visto tende a acentuar: Lua Nova chegou hoje, já bati na página 93... e me é tão fácil imaginar e quase viver junto o que ela passou até agora nessa"segunda parte", a única diferença é que eu estou [espero que apenas temporariamente] considerando ele um escroto imbecil retardado sem coração [ahn...ok, duh] de marca maior. Mas ainda boto fé nesse carinha...

Mas enquanto isso, no lustre do castelo... como diria o amigo Baudelaire, tem piedade, ó satã, da minha atroz miséria...

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...E como diria Regina,
"Gonna go to Babylon,
get me some whiskey now"...

domingo, 4 de janeiro de 2009

Listas, listas, listas...

Pois é, inicio de ano é sempre isso, né? lista do que se pretende fazer, do que não fazer, do que comprar, do que pagar... óbvio que as minhas [ao menos as publicáveis] não poderiam ser outras que não literárias, óbvio...

Lista um: livros lidos em 2008.
  1. psia
  2. no fim dá certo
  3. em silencio
  4. virgens suicidas
  5. voce não soube me amar
  6. o mundo é pra ser voado
  7. cuca fundida
  8. contos de fadas
  9. retratos ingleses
  10. fragmentos
  11. madame bovary
  12. eu sou o mensageiro
  13. o silencio dos amantes
  14. as memorias do livro
  15. a sombra do vento
  16. o caçador de pipas
  17. bibliomania
  18. um conto de natal
  19. tudo que eu queria te dizer
  20. eu sei que vou te amar
  21. a hora da estrela
  22. a carne
  23. doidas e santas
  24. tudo que você não soube
  25. o livreiro de cabul
  26. travessuras da menina má
  27. o jogo do anjo
  28. fernão capelo gaivota
  29. the O.C.
  30. a morte vem do espaço
  31. os calusari
  32. zadig
  33. olhe nos meus olhos
  34. dewey
  35. noites brancas
  36. praticamente inofensiva
  37. a menina que roubava livros
  38. o fantasma da máquina
  39. girassóis
  40. o pequeno príncipe
  41. dez quase amores
Legal, né?? agora começa a vergonheira... Lista dois: os que eu comecei e ainda não terminei.
  1. o restaurante no fim do universo
  2. hollywood
  3. aforismos
  4. jardim de inverno
  5. quando jesus se tornou deus
  6. a mulher do silva
  7. um tempo
  8. história verdadeira
  9. ministério das perguntas cretinas
  10. transformando suor em ouro
  11. a paixão pelos livros
  12. o príncipe
Vergoooonha, cruzes. E detalhe: esses são só os que habitam minha casa; se for contar os que pegava na BC, empolgadaça, pra desistir antes do segundo capítulo... poutz. Nota mental para o ano novo: nunca mais começar um livro antes de terminar outro. [típica promessa, né? jura que eu, Eu, consigo isso...]

Mas tem mais! Lista três: o que ainda tá esperando, novinho na estante.
  1. as flores do mal
  2. crepúsculo
  3. tristessa
  4. o ovo apunhalado
  5. o livro das maravilhas
  6. a mulher mais linda da cidade
  7. civilização e outros contos
  8. encontro no nevoeiro
  9. o zahir
  10. o último adeus de sherlock holmes
Tá, admito que 'o ovo apunhalado' eu comecei ontem a noite, e 'as flores do mal ' eu tentei em 2006... mas agora vai, tudo isso e mais um monte, no mínimo mais quatro, que ainda falta comprar:
  1. lua nova
  2. em outras palavras
  3. limite branco
  4. o vencedor está só
  5. a vida, o universo e tudo mais
  6. até mais, e obrigado pelos peixes!
  7. a mulher de pilatos
  8. a cidade do sol
Fácil, né? Afinal hoje é só dia 4, ainda me restam 361 dias pra ler [somando os começados com os na fila] 30 livros.. rá, MOLE!

Agora é só rezar pra nossa senhora da bicicleta sem freio pra que meus ilustres profs não me azucrinem... >.<'

Hasta!

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Ó pai...

Não, eu não faço idéia de por onde começar, depois de tanto tempo no standby. E, mesmo que soubesse como começar, não saberia sobre o quê. Eu não quero mais falar dos meus detalhes pessoais/conjugais, só do que eu queria que o mundo soubesse a meu respeito, e isso não é pouco. Nada pouco. Afinal, não tenho feito novas aquisições cuja menção seja relevante ao grande público, mas eu tenho pensado taaaaanto que vocês nem sabem. E na real hoje era só pra mencionar que ganhei o Doidas e Santas (*-*), e citar algumas [poucas] impressões do [pouco] que li até agora.

página 58:
"Se a verdade pode parecer perturbadora para quem fala, é extremamente libertadora para quem ouve.É como se uma mão gigantesca varresse num segundo todas as nossas dúvidas. Finalmente, se sabe.
Mas sabe-se o quê? O que todos nós, no fundo, queremos saber: se somos amados.
Tão banal, não?"

...

É, Martha. Tããão banal, e tão decisivo naquele instante que nos prende entre avançar ou estancar, em seguir ou retorceder, crescer ou estagnar, sofrer um pouquinho vivendo tudo que for possível ou (sobre)viver sofrendo horrores.

Mas é banal, o mundo realmente 'tá nem aí pro banal de cada um, então agora eu vou dormir e outra hora eu conto mais banalidades por aqui... ;)

sábado, 4 de outubro de 2008

Caio F., eternamente

Texto lindo, Karol que me passou...

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Poucos nomes tornaram-se ícones indiscutíveis da cultura queer brasileira. Nesse seleto grupo, um dos mais reverenciados é, sem dúvida, Caio Fernando Abreu. Se ainda estivesse entre nós, mortais, Caio teria completado 60 anos no último dia 12 de setembro.

Jornalista bissexto, trabalhou na imprensa apenas o suficiente para ganhar algum $$$ (era com três cifrões que ele grafava a palavra "dinheiro", principalmente quando esse fazia falta). Foi na literatura que Caio se destacou. Limitá-lo, porém, a seus escritos não é suficiente para falar desse escritor que construiu uma estética da existência inigualável.

Gaúcho sem fronteiras

Caio Fernando Abreu nasceu em 1948, na cidade de Santiago, Rio Grande do Sul, e morreu em 1996, na capital Porto Alegre. Mas Caio foi um cidadão do mundo. Curioso e irrequieto, foi muito além do que podia-se esperar de um gaúcho que nasceu no interior do Rio Grande do Sul, em uma cidade da região de Missões, fundada por jesuítas ainda no século XVI, mas com uma população minúscula que nem chegava a 50 mil habitante.

Cursou Letras e Artes Cênicas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mas não concluiu nenhum dos cursos. Veio para São Paulo e começou a escrever para revistas de grande circulação (Nova, Manchete, Veja, Pop). Durante a ditadura, chegou a ser perseguido pela polícia. Para se esconder, passou um tempo no sítio que a escritora Hilda Hilst possuía em Campinas, interior do estado de São Paulo.

Isso foi em 1968, pouco antes da promulgação do AI-5, ato institucional que fechou ainda mais a repressão. Com o acirramento da censura e da perseguição política, Caio exilou-se por um ano na Europa, passando pela Inglaterra, Suécia, França, Países Baixos e Espanha. Voltou para Porto Alegre, onde usava cabelos vermelhos, brincos nas duas orelhas, batas de veludo cobertas de espelhos, tudo isso em pleno regime militar. Ficou na capital gaúcha até 1983, quando se mudou para o Rio e, dois anos depois, para São Paulo. Sobre o Rio, ele escreveu: "Bem, finalmente estou aqui, e me sentindo muito bem, num lugar fantástico, meio tropical, meio colonial, meio bávaro. Meio muito. Estou ficando saudável, bonito & corado. Uma gracinha. Só me falta agora arrumar um Grande Amor. Assim mesmo, com letras maiúsculas. Virá logo: a cidade é mágica, sensual, afetiva, tesuda".

Em 1994, morou em Paris, mas por pouco tempo. Descobriu-se portador do HIV em uma época pré-coquetel. Por sugestão da amiga Grace Gianouskas (que anos mais tarde se tornaria famosa com a stand-up comedy Terça Insana), retornou para a casa dos pais, em Porto Alegre.

Lirismo engajado

"A homossexualidade não existe, nunca existiu. Existe sexualidade - voltada para um objeto qualquer de desejo. Que pode ou não ter genitália igual, e isso é detalhe. Mas não determina maior ou menor grau de moral ou integridade". É paradoxal pensar que um artista assumidamente gay tenha dito que a homossexualidade não existe. No entanto, cabe lembrar que Caio é herdeiro tanto da chamada revolução sexual dos anos 1960, com seus ideais de amor livre, quanto do desbunde dos anos 1970, que defendia quebras de qualquer limites ou rótulos e cuja maior expressão está na chamada "amizade colorida", uma espécie de relacionamento aberto que chegou até a dar nome a um seriado da Rede Globo.

Ainda que avesso a rótulos, Caio Fernando foi um defensor dos direitos sexuais, mesmo sem militar organicamente. Sua própria existência já dava conta de seu engajamento, ao tratar abertamente de seu desejo por outros homens. Caio freqüentava os ambientes intelectualizados e culturais, mas sempre manteve o pé no underground. Em uma época em que travestis eram anônimas, dedicou um conto e uma carta a Cláudia Wonder (Linda, uma história horrível e Meu amigo Cláudia).

Mas foi sobretudo com sua obra que Caio Fernando mais contribuiu para que a homossexualidade deixasse de ser tabu. No conto Aqueles dois, por exemplo, publicado no livro Morangos mofados, de 1982, ele coloca dois homens em uma situação bem conhecida de muitos gays: as restrições do ambiente de trabalho. Fugindo de qualquer rotulação, dois funcionários de uma repartição pública desenvolvem uma amizade tão intensa que acaba incomodando seus colegas. Caio não deixa saber se os dois teriam ou não algum envolvimento sexual - e é justamente com isso que ele coloca o preconceito em foco. Afinal, por que dois homens não podem amar-se tanto?

A dor

A doença parece não ter incomodo Caio profundamente. Quando soube que era soropositivo, escreveu uma crônica no jornal O Estado de S. Paulo. Dizia ter sido inevitável, uma vez que muitos homossexuais de sua geração estavam com aids. Sua vida foi uma ponte entre dois mundos, o do conservadorismo dos anos que precederam a década de 1960, e o da suposta liberdade pós-1968. Esse trânsito não se fez sem dor. Pelo contrário: viver sem padrões definidos, ou em busca da felicidade ainda que sem regras, não foi fácil. Talvez seja por isso, justamente, que sua obra é constantemente adaptada para o teatro em montagens que revelam a dor de existir.

É esse o caso, por exemplo, de Réquiem para um rapaz triste, de Rodolfo Lima, sobre as personas femininas de Caio Fernando. E Os dragões, de Fernanda Boechat, que mostra como é difícil sobre(viver) após uma separação. Esse tema, aliás, aparece reiteradamente na obra de Caio Fernando. No conto, Os dragões não conhecem o paraíso, ele trata do ser amado que o abandonou, apresentado como um dragão. Diz Caio: "Só quem já teve um dragão em casa pode saber como essa casa parece deserta depois que ele parte. Dunas, geleiras, estepes. Nunca mais reflexos esverdeados pelos cantos, nem perfume de ervas pelo ar, nunca mais fumaças coloridas ou formas como serpentes espreitando pelas frestas de portas entreabertas. Mais triste: nunca mais nenhuma vontade de ser feliz dentro da gente, mesmo que essa felicidade nos deixe com o coração disparado, mãos úmidas, olhos brilhantes e aquela fome incapaz de engolir qualquer coisa. A não ser o belo, que é de ver, não de mastigar, e por isso mesmo também uma forma de desconforto. No turvo seco de uma casa esvaziada da presença de um dragão, mesmo voltando a comer e a dormir normalmente, como fazem as pessoas banais, você não sabe mais se não seria preferível aquele pantanal de antes, cheio de possibilidades – que não aconteciam, mas que importa? – a esta secura de agora. Quando tudo, sem ele, é nada."

Alecrim e manjericão

Aos 47 anos, morando com os pais, doente, ele dizia que passava o tempo "cuidando de rosas no jardim, fazendo canteiros com arruda, alecrim, manjericão". Voltar-se para o cotidiano, para a vida que segue independente de nós, foi um exercício zen que ajudou Caio a lidar com a aids. Dizia também "barganhar com Deus tempo para escrever pelo menos mais seis livros".

"Ando bem, mas um pouco aos trancos. Como costumo dizer, um dia de salto sete, outro de sandália havaiana. É preciso ter muita paciência com esse vírus do cão. E fé em Deus. E falanges de anjos-da-guarda fazendo hora extra. E principalmente amigos como você e muitos outros, graças a Deus, que são melhores que AZT".

Caio nos deixou com suavidade. Mas deixou-nos acolhidos e reconfortados com sua obra e com os reflexos de sua vida que ainda brilham. No final de Os dragões não conhecem o Paraíso, uma voz materna surge para nos dar o que seria seu conselho máximo para todos: "Que seja doce".

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Em uma palavra: adoooooroo!
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sexta-feira, 22 de agosto de 2008

[Finge que saiu ontem]

Gente, coisa séria o elevador do meu trabalho, passo mais tempo esperando por ele do que fazendo qualquer outra coisa... tempo útil de vida, totalmente desperdiçado... é o caos isso. Mas tá, pelo menos tô dando conta de tudo - na medida do possível... Agora, mudando discretamente de assunto... maldito consumismo, viu! Ontem entrei na loja pra comprar UMA CALÇA; surpreendentemente, achei tri rápido - e saí com a dita cuja, três calcinhas [foooofas!] e uma blusa. Humpfs.

Ai credo, vidinha mais ou menos... cansada, mil coisinhas pra estudar, e eu querendo taaaaanto uma CDD e uma Cutter pra brincar em casa! =/ Juro, cheguei a sonhar que tava comprando... oO By the way, deus me defenda do MARC21, só o manual vai me custar alguns brigadeiros e eu tô completamente perdida... E saudades das aulas de psicologia... [tá difííícil levantar nas terças! - e no resto da semana também, diga-se de passagem...] Fora a sensação de improdutividade em algumas matérias - e dessa vez nem sou só eu a desmotivada...

Mas tudo tem uma explicação, e nesse caso gracias ao Fernando que me lembrou uma provável 'causa' do caos: é agosto. Esse raio de mês nunca me deu sorte, in-crí-vel como sempre me acontece uma desgraça! Mas é nessas horas que eu lembro do Herbert Vianna: "é preciso sangue frio pra ver que o sangue é quente/e que vai ser diferente”. eu seeeei que já comentei isso em outro blog [pros mais atentos, em agosto de 2007 - !! ], mas é que conforta um pouco, sabe? Isso e o super homem do Nietzsche...
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E a vontade de ler Caio F. que não passa... =/