RSS

sábado, 29 de dezembro de 2007

O Som Da Sua Voz

Não me deixe na chuva não
Não me tire do coração
Não me diga que vai sem mim
Já conheço esse teu olhar
Uma luz a se afastar
A quilômetros daqui
Não me deixe na noite não
Na travessa da desolação
Não me diga que quer assim
Porque ali não há calor
Não há luz nem há razão
E não há o teu riso
Tudo está tão certo, não está?
Vem aqui mais perto, vem mostrar
Vem dizer aonde vai seu olhar
Quando a noite estender seu manto sobre nós
Meu abrigo então será o som da sua voz
___________________________________

CD: Carrossel; Skank, 2006.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Tearjerker

My mouth fell open
Hoping that the truth
Would not be true
Refuse the news

I'm feeling sick now
What the fuck am I
Supposed to do
Just lose and lose

First time I saw you
You were sitting
Backstage in a dress
A perfect mess

You never knew this
But I wanted badly for you to
Requite my love


Left on the floor
Leaving your body
When highs are the lows
And lows are the way
So hard to stay
Guess now you know
I love you so


I liked your whiskers
And I liked the
Dimple in your chin
Your pale blue eyes

You painted pictures
Cause the one
Who hurts
Can give so much
You gave me such
___________________________________


CD: One hot minute; Red hot Chili Peppers, 1995.

sábado, 1 de dezembro de 2007

A Conquista do Espelho

Eu roubei esses versos
Como quem rouba pão
Com a mão urgente
Com urgência no coração
Eu contei stórias
Inventei vitórias
Como quem tem preguiça
Como quem faz justiça
Com as próprias mãos

Eu roubei quase tudo que eu tenho
Só pra chamar a atenção
E, quando cheguei em casa
Vi que lá morava um ladrão
Eu perdi quase tudo que eu tinha
A paz
A paciência
A urgência que me levava pela mão

Uma noite interminável
Numa cela escura
!!! sentido !!!
... senhores...
Censores sem poder de censura
O ruído dos motores
Numa sala de torturas
.... senhoras e senhores...
Censores sem talento sensorial

Nunca mais saiu da minha boca
O gosto amargo da palavra traição
Nunca mais saiu da minha boca
Nenhum elogio a nenhuma paixão

Uma noite mal dormida
Um país em maus lençóis
Sem sono
Sem censura
100% de nada não é nada:
É muito pouco

Sem sono
Sem censura
100% de nada não é nada:
É muito pouco

___________________________________


CD: Gessinger, Licks E Maltz; Engenheiros do Hawaii, 1992.

domingo, 25 de novembro de 2007

Mesmo Assim

Nem sempre se pode sonhar
Com aquilo que não se pode ter
Mas que regra mais idiota
Pois quando a gente sonha
É exatamente com o que não temos
E quase sempre
Com o que mais queremos

E o meu controlador de sonhos
Anda meio encabulado
Eu quis tantas coisas esse ano
Mas quase tudo ficou jogado
Às traças do meu coração
Que esconde sonhos irrealizados

Mesmo assim eu não esqueço
As promessas que eu fiz para mim
Não quero me desapontar
Mesmo assim eu não me canso de querer
O que é bom pra mim

E quando menos se percebe
O tempo passa como febre
E aquele sonho que parecia
Tão jovem e moderno
Não passa de um retrato na lembrança
Não passa de um desejo de criança
E como fruta que amadurece
E necessita de alguém que coma
A sua polpa que por dentro cresce
Lhe dando corpo e aroma
Os sonhos também apodrecem
Se com o tempo ninguém os reclama

Mesmo assim eu não esqueço
As promessas que eu fiz para mim
Não quero me desapontar
Mesmo assim eu não me canso de querer
O que é bom pra mim

Não importa se ficar
Como algo que ficou
Para se realizar
Mas não vingou

___________________________________


CD: Biquini.com.br; Biquini Cavadão, 1998.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Paraíso

Nada tem que ser
Da maneira que eu pensei
Tanto para conheceer

Apenas um começo para mim
Ninguém se afasta tanto assim
Mas isso tanto faz,
Ficamos longe tempo demais

Eu não tenho paraíso pra te oferecer
No fim da viagem
No fim desse rio
Um oceano nos espera
No fim desse rio

Eu sei o que vejo e vivo
Para encurtar estradas
Regressar na primavera
E encontrar a casa aberta

Ninguém se afasta tanto assim
Espero um recomeço para mim
Não há tristeza nas janelas
E as flores são verdadeiras

Eu não tenho paraíso pra te oferecer
No fim da viagem
No fim desse rio
Um oceano nos espera
No fim desse rio
___________________________________

CD: Nenhum de Nós a céu aberto; Nenhum de Nós, 2007.
CD: Acústico ao vivo no Theatro São Pedro; Nenhum de Nós, 1994.

domingo, 4 de novembro de 2007

This Is Your Life

"And you open the door and you step inside
We're inside our hearts
Now imagine your pain as a white ball of healing light
Thats right
Your pain, the pain itself is a white ball of healing light"

I don't think so


This is your life
Good to the last drop
It doesn't get any better than this
This is your life and its ending one minute at a time

This isn't a seminar
This isn't a weekend retreat
Where you are now you can't even imagine what the bottom will be like
Only after disaster can we be resurrected
It's only after you've lost everything you are free to do anything

Nothing is static
Everything is evolving
Everything is falling apart

You are not a beautiful and unique snowflake
You are the same decaying organic matter as everything else
We are all part of the same compost heap
We are the all singing all dancing crap of the world

You are not your bank account
You are not the clothes you wear
You are not the contents of your wallet
You are not your bowel cancer
You are not your grande latte
You are not the car you drive
You are not your fucking khakis

You have to give up
You have to realise that someday you will die
Until you know that
You are useless

I say, let me never be complete
I say, may I never be content
I say, deliver me from swedish furniture
I say, deliver me from clever art
I say deliver me from clear skin and perfect teeth
I say you have to give up
I say evolve, and let the chips fall as they may

I want you to hit me as hard as you can (x2)
Welcome to fight club
If this is your first night - You have to fight
___________________________________

CD: Fight Club
OST. The Dust Brothes, 1999.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Blame It On My Youth

If I expected love when first we kissed,
blame it on my youth
If only just for you I did exist,

blame it on my youth
I believed in everything
Like a child of three
You meant more than anything
You meant all the world to me


If, you were on my mind all night and day,
blame it on my youth
If I forgot to eat and sleep and pray,

blame it on my youth
If I cried a little bit,

when first I learned the truth
Don't blame it on my heart,

blame it on my youth
___________________________________

CD: Twentysomething; Jamie Cullum, 2004.

domingo, 7 de outubro de 2007

1/4

Não esperava ser o único a romper a barreira do som
Superei o medo da distorção das palavras
Fui sincero, muito cedo ...

Tem horas em que lembro com saudade
todo o tempo de minha vida
E perplexo vejo que já um quarto dela
Se passou em felicidade desapercebida

Se o tempo hoje parasse
Ou então não mais vivesse
Estaria me traindo
Ao pensar que o tempo pararia
Se meu coração não mais batesse

Anotei inutilmente experiências num caderno
Por temer tornar a repeti-las
E descobri que o amor precisava de estratégia
E eu não sabia como se perdia

Tem horas em que lembro com saudade
todo o tempo de minha vida
E perplexo vejo que já um quarto dela
Se passou em felicidade desapercebida

Agora basta de besteira
Cansado de me procurar, achei que devia me perder
E não notei que fiz de todo o tempo uma tragédia
A minha vida, eu não conhecia

E se pensava que o jovem não tem medo da morte
Eu noto só agora que a sorte se inverte,
Ou então estou mais velho...
___________________________________


CD: A Era da Incerteza. Biquíni Cavadão, 1987.

domingo, 30 de setembro de 2007

Viagem

não me arrependo

de ter guardado mágoas

jamais pensei

que fosse bom pra mim

mas a razão

não é soberana

e agora é agústia

sem fim


alguém cai de joelhos

sobre meu peito

uma dor que esmaga

meu coração

o rancor, a dúvida

a melancolia

escorrendo como areia

fria entre os dedos

nenhum ser humano

deveria sofrer

para provar virtudes


se eu soubesse

dominar

meus mais baixos

impulsos

saberia talvez contornar

minha raiva inútil

mas isso não passa

de reflexão

pensamentos

de passagem

e outros passos

da viagem

________________________________


CORRÊA, Thedy. Viagem. In:______. Bruto. Porto Alegre: L&PM, 2006. p. 22.

sábado, 15 de setembro de 2007

Several Ways To Die Trying

Pacific sun,
You should have warned us it gets so cold here
And the night can freeze before you set a fire
And our flames go unnoticed, diminished
Faded just as soon as they are fired

We are, we are, intrigued
We are, we are invisible

Oh how we shouted, how we screamed
Take notice, take interest, take me with you
When all our fears fall on the deaf ears tonight
They're burning the roads they built to lead us to the light
And blinding our hearts with their shining lies

We're closing our caskets, cold and tight
But im dying to live...

Pacific sun,
You should have warned us these heights are dizzying
And the climb can kill you long before the fall
And our trails go unmarked and unmapped and...
Covered just as soon as they are crossed

We are, we are, intriguing
We are, we are, desirable

Oh how we shouted, how we screamed
Take notice, take interest, take me with you
When all our fears fall on the deaf ears tonight
They're burning the roads they built to lead us to the light
And blinding our hearts with their shining lies

We're closing our caskets, cold and tight
But I'm dying to live...
___________________________________

CD: A Mark, A Mission, A Brand, A Scar; Dashboard Confessional, 2005.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Sweetbum Zack

He told me on the radio everynight
Spoke much of love to me
And for everyone

Sweetbum zack
Calls for her
And still talking for lovers
Sweetbum zack
Call for her
And still talking for lovers

This is the sound of the night
Hurting your soul, increasing your heartbeat
This is the sound of night
Making in your face a mask of tears

When the morning has broken
The sweet taste of the night
Tihs was the end of a joke
This was the end of the bright

Sweetbum zack
Return to his life
So serious so sad
And so lonely life
Sweetbum zack
Return to his life
So serious so sad
And so lonely life

___________________________________

CD: Cardume; Nenhum de Nós, 1989.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

La Despedida

Algo se detuvo en punto muerto
Y fue tan grande ese silencio, fue tan grande el desamor
Restos de un navío que encallaba
Yo te quise, yo te amaba
No se bien lo qué pasó

Cuando los jazmines no perfuman
Cuando sólo vemos bruma
Cuando el cuento terminó
Todo nos parece intranscendente
No es cuestión de edad o de suerte
De esto se trata el amor

Tengo que correr, tienes que correr a toda velocidad
A toda velocidad ....

Veo tus pupilas descubriendo algún Chagall
En el invierno, creo del '83
Yo estoy a tu lado revolviendo,
Ordenando libros viejos que leí pero olvidé


Besos de tu madre en el teléfono
Y la lluvia es un espejo que me ayuda a verte bien
Oigo tu sonrisa que ilumina el estudio y la cocina
Entre las copas y el café

Tengo que correr, tienes que correr a toda velocidad
A toda velocidad ...

Sabe amargo el licor de las cosas queridas
Se acabó lo mejor, ¿quién nos quita esta herida?
Tu me pierdes a mí yo te doy por perdida
Es la hora de huir, la despedida,La despedida ...

Tengo que correr, tienes que correr a toda velocidad
A toda velocidad ...
___________________________________


CD: Abre; Fito Paez, 1999.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Partir, Andar

Partir, andar, eis que chega
É essa velha hora tão sonhada
Nas noites de velas acesas
No clarear da madrugada
Só uma estrela anunciando o fim

Sobre o mar, sobre a calçada
E nada mais te prende aqui
Dinheiro, grades ou palavras

Partir, andar, eis que chega
Não há como deter a alvorada
Pra dizer, um bilhete sobre a mesa
Pra se mandar, o pé na estrada
Tantas mentiras e no fim

Faltava só uma palavra
Faltava quase sempre um sim
E agora já não falta nada

Eu não quis
Te fazer infeliz
Não quis
Por tanto não querer
Talvez fiz

Partir, andar, eis que chega

É essa velha hora tão sonhada
Nas noites de velas acesas
No clarear da madrugada
Só uma estrela anunciando o fim

Sobre o mar, sobre a calçada
E nada mais te prende aqui
Agora já não falta nada
___________________________________

CD: O som do sim; Herbert Vianna, 2000.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Amores Apertados

Sabe aqueles banheiros mínimos, que quando um entra o outro tem que sair? Têm amores que parecem um banheiro apertado: só cabe um.

Ela ama o cara. Interessa-se pela sua vida, seu trabalho, seus estudos, seu esporte, seus amigos, sua família, enfim, ela está inteira na dele. Ele, por sua vez, recebe isso de muito bom grado, mas não retribui. Não pergunta pelo trabalho dela, pelas angustias dela, por nada que lhe diga respeito. Ela, obviamente, não gosta dessa situação, mas vai levando, levando, até que um belo dia sua paciência se esgota e ela tira o time de campo. Aí ele entra.

De repente, como num passe de mágica, ele se dá conta de como ela é legal, de como ele tem sido distante, de como vai ser duro ficar sem sua menina. Então ele a torpedeia com e-mails e telefonemas carinhosos. Mas ela é gata escaldada, não vai entrar nessa de novo. Ele insiste. Quer vê-la, quer que ela entenda que ele é desse jeito tosco mesmo, mas que no fundo ela é a mulher da vida dele. Ela é gata escaldada, mas não é de gelo: então ta, vamos tentar de novo. Ela entra com tudo. Com a namorada resgatada, ele se isola novamente em seu próprio mundo, deixando-a conduzir tudo sozinha. É ela que o procura, é ela que o elogia, é ela que arma os programas, é ela quem lembra das datas, só ela. Quer saber: to fora!

Aí ele entra. Pô, gata, prometo, juro, ó: vou cobrir você de carinho. E não é que ele cumpre? Passa a tratá-la como uma deusa, superatencioso, parece outro homem. Ela aceita a deferência, mas não entra mais nesse jogo. Simplesmente não retribui o afeto dele, quase nunca telefona, sai com as amigas toda hora, e ele ali, no maior esforço. Ela esnobando, ele tentando, ela se fazendo, ele se declarando. Até que ele enche: tô fora.

Aí ela entra. E ele esfria, e ela cai fora, e ele volta, e seguem nesse entra e sai até o desgaste total.

Bom mesmo é amor em que cabem os dois juntos.

__________________________________
MEDEIROS, Martha. Amores apertados. IN: _______. Non-stop: crônicas do cotidiano. 6. ed. Porto alegre: L&PM, 2006. p. 182.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Eu Te Amo

Outro dia eu estava assistindo a uma apresentação da poeta Elisa Lucinda num sarau em Porto Alegre, onde ela, mais uma vez, hipnotizou a platéia com seu talento vulcânico e seu humor. Num certo momento, ela questionou a razão de os homens terem tanto receio de dizer “eu te amo”. Parece que dizer “eu te amo” tem um extenso prazo de validade que dispensa repetições. Elisa fez piada: uma mulher diz para o marido: “eu te amo, e você?” Ele responde “O que é isso mulher, já não disse no aniversário do teu sobrinho ano passado? Parece que bebe!”.

São de Elisa os versos: “o euteamo é da dinâmica dos dias/ é do melhoramento do amor/ é do avanço dele/ é verbo de consistência/ é conjugação de alquimia/ é do departamento das coisas eternas”. Ou seja: se não nos basta ouvir uma única vez o barulho do mar, se nunca enjoamos do pôr-do-sol, por que o “eu te amo” teria que ser uma raridade em nossas vidas?

Bem, há uma explicação. Você pode dizer que gosta de uma pessoa, até mesmo que a adora, e isto não configurar um compromisso. Mas amar e outra história. O amor não é um sentimento efêmero, semanal. Não ama-se e desama-se como quem troca de roupa. O amor tem o caráter de permanência. E num mundo de múltiplas possibilidades, de ofertas de amor em cada esquina, de ficação em festas e relacionamentos virtuais, quem vai querer se amarrar pela palavra?

Pena. Porque as pessoas amam. Amam muito. Podem até ficar com outras, mas quase sempre amam verdadeiramente alguém. E não se revelam. Não revelam esse amor para quem o desconhece, e nem mesmo para quem está ali, todos os dias ao seu lado, porque amar parece sinal de fraqueza, olhe só como andam tortas as idéias.

Amar cria raiz, sim. Cria, independentemente de ser verbalizado. Basta sentir o amor para que fiquemos dependentes dele, uma dependência boa, daquilo que nos faz sentir vivos. Dizê-lo em voz alta não nos acorrenta: ao contrario, nos liberta. Dizer ‘eu te amo” é presente pro amado. Como diz Elisa Lucinda, tudo na vida é novidade: comer, dormir, transar. Tudo é estréia, e amar, logicamente, também é sempre novo e passível de reconhecimento contínuo. Meninos e meninas: digam.
__________________________________________________

MEDEIROS, Martha. Eu te amo. IN: ________. Non stop: crônicas do cotidiano. 6.ed. Porto Alegre: L&PM. p.149.

domingo, 19 de agosto de 2007

Tão Diferente

O seu amor é confuso
É desorientado
O meu amor é inocente
Ele é sem pecado
O seu amor não tem rumo
É dissimulado
O meu amor é urgente
É desesperado

O seu amor é ao acaso
É desencontrado
O meu amor é uma febre
Ele é declarado
O seu amor é pálido
É desfigurado
O meu amor é claro
Um dia ensolarado

Diga que mal tem
Esperar o amor de alguém
Que de mim é assim
Tão diferente

O seu amor é confuso
É desorientado
O meu amor é inocente
Ele é sem pecado
O seu amor é inconseqüente
Ele não tem passado
O meu amor quer um futuro
Para ser lembrado

__________________________________

CD: Paz e Amor; Nenhum de Nós, 1998.

sábado, 18 de agosto de 2007

Balada do Asfalto

Me dê um beijo, meu amor
Só eu vejo o mundo com meus olhos
Me dê um beijo, meu amor
Hoje eu tenho cem anos, hoje eu tenho cem anos

E meu coração bate como um pandeiro num samba dobrado
Vou pisando asfalto entre os automóveis
Mesmo o mais sozinho nunca fica só
Sempre haverá um idiota ao redor

Me dê um beijo, meu amor
Os sinais estão fechados
E trago no bolso uns trocados pro café

E o futuro se anuncia num out-door luminoso
Luminoso o futuro se anuncia num out-door

Há tantos reclamos pelo céu
Quase tanto quanto nuvens
Um homem grave vende risos
A voz da noite se insinua
E aquele filme não sai da minha cabeça
E aquele filme não sai da minha cabeça

Rumino versos de um velho bardo
Parece fome o que eu sinto
Eu sinto como se eu seguisse os meus sapatos por aí
Eu sinto como se eu seguisse os meus sapatos por aí

Há alguns dias atrás vendi minha alma a um velho apache
Não é que eu ache que o mundo tenha salvação

Mas como diria o intrépido cowboy,

fitando o bandido indócil
A alma é o segredo, a alma é o segredo
A alma é o segredo do negócio.

__________________________________

CD: Baladas do asfalto e Outros Blues; Zeca Baleiro, 2005.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

A Arte de Viver

Uns cantam, uns dançam, outros fazem embaixadas por 24 horas sem deixar a bola cair. Uns são campeões de pára-quedismo, uns pintam telas abstratas, outros equilibram pratos na ponta do nariz. Vivem nas revistas, na tv, dando entrevistas.

Quem não tem um talento especial acaba se sentindo um penetra nesta festa onde todos tem tido os seus quinze minutos de Caras. Uns sabem desfiar, outros são chefes de cozinha, há os reis do pagode. Uns pilotam carros, outros apresentam talk shows, volta e meia aparece um novo ilusionista. Como não se sentir descartado nesse planeta de tantos destaques? Simples: valorizando nossos pequenos grandes talentos.

Viver é uma arte. A arte de conversar com desconhecidos, por exemplo. De se revelar em poucas palavras pra uma pessoa que não sabe nada de você, e você nada dela, e estabelecer um contato que seja agradável e frutífero para ambas as partes, evitando silêncios constrangedores ou, pior, o sono.

A arte de ser pontual. Para pouquíssimos. Calcular exatamente o tempo que se chega de um ponto a outro da cidade e ter a capacidade de prever o imprevisto: trânsito mais caótico que o normal, chuva, falta de lugar pra estacionar. Atender um paciente na hora marcada. Decolar no horário previsto. Não entrar atrasado no teatro. Um dom.

A arte de manter uma amizade por anos a fio. Aquele amigo da adolescência que foi morar em outro país. Aquela amiga com quem você se desentendeu por causa de uma bobagem. Aquela turma que já não pensa como você. É uma arte saber onde e quando procurá-los, telefonar nos momentos especiais, esquecer as picuinhas, aceitar seus novos pontos de vista, lembrar e rir juntos do passado. Um talento a ser aprimorado diariamente.

A arte de se isolar. De penetrar no nosso íntimo, de buscar ajuda na meditação, de deliberadamente não pertencer a grupo nenhum e fundar uma natureza própria, e ainda assim não ser um ermitão, ser apenas alguém que de tempos em tempos se retira para se reencontrar. Há uma técnica pra isso.

A arte de perceber segundas intenções, a arte de se controlar, a arte de ficar prioridades, a arte de saber furar os bloqueios, a arte de não desistir na primeira dificuldade, a arte de não viver uma vida de aparências, a arte de andar desarmado, metafórica e literalmente falando. Cada um de nos mereceria ao menos uma reportagem para homenagear nossos dons mais secretos, aqueles que acontecem bem longe dos holofotes. O dom de viver sem aplauso e sem platéia. O glorioso e secreto dom de vencer os dias.
__________________________________________________

MEDEIROS, Martha. A arte de viver. IN: ________. Non stop: crônicas do cotidiano. 6.ed. Porto Alegre: L&PM. p.27.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Why Do You Love Me

I'm no Barbie doll
I'm not your baby girl
I've done ugly things
And I have made mistakes
And I am not as pretty as those girls in magazines
I am rotten to my core if they're to be believed

So what if I'm no baby bird hanging upon your every word
Nothing ever smells of roses that rises out of mud

Why do you love me
Why do you love me
Why do you love me
It's driving me crazy

Why do you love me
Why do you love me

You're not some little boy
Why you acting so surprised
You're sick of all the rules
Well I'm sick of all your lies
Now I've held back a wealth of shit
I think I'm gonna choke
I'm standing in the shadows
With the words stuck in my throat

Does it really come as a surprise
When I tell you I don't feel good
That nothing ever came from nothing, man
Oh man, ain't that the truth

Why do you love me
Why do you love me
Why do you love me
It's driving me crazy

Why do you love me
Why do you love me

I get back up and I do it again
I get back up and I do it again
I get back up and I do it again
I get back up and I do it
Do it again

I think you're sleeping with a friend of mine
I have no proof
But I think that I'm right

And you've still got the most beautiful face
It just makes me sad
Most of the time

I get back up and I do it again
I get back up and I do it again
I get back up and I do it again
I get back up and I do it
Do it again

Why do you love me
Why do you love me
Why do you love me
It's driving me crazy

Why do you love me
Why do you love me

_________________________________

CD: Bleed like me; Garbage, 2005.

domingo, 12 de agosto de 2007

Pra Você Ficar

Hoje o sol não vai brilhar
Hoje eu não vou sorrir
Hoje o tempo vai virar
Hoje a porta vai abrir
Hoje tudo vai mudar
Hoje eu não vou pedir

Pra você ficar
Pra você não ir embora
Pra você dormir
Pra você perder a hora

Hoje
Hoje
Hoje

Hoje eu não vou sair
Hoje a dor não vai passar
Hoje a chuva vai cair

Hoje o mundo vai parar
Hoje alguém vai se ferir
Hoje eu não vou falar

Pra você não ir
Pra você ficar pra trás
Pra você deitar
Pra você dormir em paz

Hoje
Hoje
Hoje

______________________________

CD: Como estão vocês?; Titãs, 2003.

sábado, 11 de agosto de 2007

Meu Amor, Meu Bem, Me Ame

meu amor meu bem me ame não vá pra Miami
meu amor meu bem me queira
tô solto na buraqueira tô num buraco
fraco como galinha d'angola
meu amor meu amor manda não vá pra luanda
não vá pra aruba
se eu descer você suba aqui no meu pescoço
faça dele o seu almoço roa o osso e deixe a carne
meu amor meu bem repare no meu cabelo
no meu terno engomado no meu sapato
eu sou um dragão de pêlo eu cuspo fogo
não me esconda o jogo ou berro no ato


meu amor meu bem me leve de ultraleve
de avião de caminhão de zepelim

meu amor meu bem sacie mate
minha fome de vampiro senão eu piro
viro hare-krishna hare hare hare
não me desampare ou eu desespero


meu amor meu bem me espere até que o motor pare
até que marte nos separe


meu amor ele é demais nunca de menos
ele não precisa de camisa-de-vênus
Ouça o que eu vou dizer meu bem me ouça
o que ele precisa é de uma camisa-de-força
você é a minha cura se é que alguém tem cura
você quer que eu cometa uma loucura
se você me quer cometa

___________________________________

CD: Vô Imbola; Zeca Baleiro, 1999.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Escuta Aqui

Escuta aqui
Eu não sou culpado de tudo
Se não vi
Que as coisas iam mal, me desculpe
Estou aqui
Isso é o que importa agora
E não vou criar palavras de paraíso

Eu preciso de um espelho
Eu preciso te escutar
Que o silencio vai alimentar
A minha tristeza

Olha aqui
Eu não estou farto de tudo
Apenas vejo um caminho confuso
Tudo bem, estou aqui
Isso é o que importa agora
E não vou criar palavras de paraíso

Eu preciso de um espelho
Eu preciso te escutar
Que o silencio vai alimentar
A minha tristeza


Não vou beijar teus pés,
nem vou te ignorar
Só quero uma chance
pra fazer voce acreditar.
_________________________________

CD: Escuta Aqui; Biquíni Cavadão, 2000.

domingo, 5 de agosto de 2007

Must Get Out

I've been the needle and the thread
Weaving figure eights and circles round your head
I try to laugh but cry instead
Patiently wait to hear the words you've never said

Fumbling through your dresser drawer,
Forgot what I was looking for
Try to guide me in the right direction
Making use of all this time
Keeping everything inside
Close my eyes and listen to you cry

[Chorus:]
I'm lifting you up,
I'm letting you down
I'm dancing til dawn,
I'm fooling around
I'm not giving up,
I'm making your love
This city's made us crazy
And we must get out

This is not goodbye she said
It is just time for me to rest my head
She does not walk, she runs instead
Down these jagged streets and into my bed

[Chorus]
There's only so much I can do for you
After all of the things you put me through

[Chorus 2x]
I'm not giving up
I'm making your love
This city's made us crazy and we must get out
___________________________________

CD: Songs About Jane; Maroon 5, 2002.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Fuga

Nunca mais vai estar em casa
E nada será igual
Olhava as pessoas em volta
E niguém podia ajudar
Tinha o fogo em suas mãos
E dentro de si o medo

Pensava em tudo que ficou,
Quando todos percebessem
A garota se mandou

Tudo em volta parecia um sonho,
Nada fazia sentido
Nada será igual
E o silêncio das paredes esperava
E o silêncio esperava
Então adeus é mais que um pensamento
Então adeus
[palavra triste]

Pensava em tudo que ficou,
Quando todos percebessem

A garota se mandou

[a lembrança do silêncio daquelas tardes
a vergonha do espelho, daquelas marcas
havia algo de insano naqueles olhos
havia...]
________________________________

CD: Cardume; Nenhum de Nós, 1989.
CD: Acústico Ao Vivo 2; Nenhum de Nós, 2003.

A Stroke Of Luck

Hanging by threads of palest silver
I could have stayed that way forever
Bad blood and ghosts wrapped tight around me
Nothing could ever seem to touch me

I lose what I love most
Did you know I was lost until you found me?

Stroke of luck or gift from God?
Hand of fate or devil's claws?
From below or saints above?
You come to me

Here comes the cold again
I feel it closing in
It's falling down
And all around me, falling

You say that you'll be there to catch me
Or will you only try to trap me?
These are the rules I make
Our chains were meant to break, you'll never change me

Here comes the cold again
I feel it closing in
You're falling down
And all around me, falling

Stroke of luck or gift from God?
Hand of fate or devil's claws?
From below or saints above?
You come to me now

Don't ask me why
Don't even try

Stroke of luck or gift from God?
Hand of fate or devil's claws?
From below or saints above?
You come to me

Here comes the cold again
I feel it closing in
It's falling down
And all around me, falling

Falling...
_____________________________

CD: Garbage; Garbage, 2002.

terça-feira, 31 de julho de 2007

Vienna

Slow down, you crazy child
You're so ambitious for a juvenile
But then if you're so smart, tell me why are you still so afraid?
Where's the fire? What's the hurry about?
You better cool it off before you burn it out
You got so much to do and only so many hours in a day

Don't you know that when the truth is told
That you can get what you want or you can just get old?
You're gonna kick off before you even get halfway through
When will you realize Vienna waits for you?

Slow down, you're doing fine
You can't be everything you wanna be before your time,
Although it's so romantic on the borderline tonight

Too bad, but it's the life you lead
You're so ahead of yourself that you forgot what you need
Though you can see when you're wrong,
You know, you can't always see when you're right

You've got your passion, you've got your pride,
But don't you know that only fools are satisfied?
Dream on, but don't imagine they'll all come true
When will you realize Vienna waits for you?

Slow down, you crazy child
Take the phone off the hook and disappear for a while
It's all right you can afford to lose a day or two
When will you realize Vienna waits for you?
When will you realize Vienna waits for you?
___________________________________

CD: 13 Going on 30 OST; Billy Joel, 2004.
CD: 12 Gardens Live; Billy Joel, 2006.

sábado, 28 de julho de 2007

Dias Vermelhos

Hoje o dia não amanheceu
E eu não vi nada
Ou não queria ver?
Nem as tardes de verão
Não eram mais vermelhas
Como eram as de então


E quantas vezes me peguei
Caminhando pros seus braços
Me perdi e tropecei
Confuso nos próprios passos

Quantos dias ainda virão
Sem nos tornarmos aço?
Esperando que nascesse
Flores no asfalto
Poeira e ácido

E quantas vezes eu errei
Olhando pro passado
Me perdi e tropecei
Confuso nos próprios passos

Quantos dias ainda virão
Sem nos tornarmos aço?
Esperando que nascesse
Flores no asfalto
Poeira e ácido

E quantas vezes eu errei
Olhando pro passado
Me perdi e tropecei
Confuso nos próprios passos

E quantas vezes me peguei
Caminhando pros seus braços
Me perdi e tropecei
Confuso nos próprios passos.

______________________________

CD: Uns e Outros; Uns e Outros, 1989.
CD: Tão longe do Fim; Uns e Outros, 2002.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Esqueça o Que Te Disseram Sobre o Amor

Desculpas é que eu não vou pedir
Pelo que quero e o que não quero fazer
Outro dia eu apareço,
Enquanto isso vamos nos entender

Esqueça o que te disseram
Sobre casa, filhos, televisão
É preciso sangue frio pra ver
Que o sangue é quente
E que vai ser diferente

Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Vai ser diferente
Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Vai ser diferente

Pode ser o que você nunca viu
Pode ser o que você tem na mão
Pode ser exatamente o que eu digo
E também pode não

Então esqueça seus sonhos
Esqueça as regras e a exceção
É mais real cru e fascinante
É mortal, passível de ressurreição

_____________________________

CD: Big Bang; Os Paralamas do Sucesso, 1989.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

I Think I'm Paranoid

You can look but you can't touch
I don't think I like you much
Heaven knows what a girl can do
Heaven knows what you've got to prove

I think I'm paranoid and complicated
I think I'm paranoid, manipulate it

Bend me break me
Anyway you need me
All I want is you
Bend me break me
Breaking down is easy
All I want is you

I fall down just to give you a thrill
Prop me up with another pill
If I should fail, if I should fold
I nailed my faith to the sticking pole

I think I'm paranoid, manipulate it
I think I'm paranoid, too complicated


Bend me break me
Anyway you need me
All I want is you
Bend me break me
Breaking down is easy
All I want is you

I think I'm paranoid
I think I'm paranoid

Bend me break me
Anyway you need me
All I want is you
Bend me break me
Breaking down is easy
All I want is you

Steal me, deal me, anyway you heal me
Maim me, tame me, you can never change me
Love me, like me, come ahead and fight me
Please me, tease me, go ahead and leave me

Bend me break me
Anyway you need me
As long as I want you baby it's alright
Bend me break me
Anyway you need me
As long as I want you baby it's alright

______________________________

CD: Version 2.0; Garbage, 1998.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Não Vou Me Adaptar

Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia
eu não encho mais a casa de alegria
os anos se passaram enquanto eu dormia
e quem eu queria bem me esquecia

será que eu falei o que ninguém ouvia?
será que eu escutei o que ninguém dizia?
eu não vou me adaptar, me adaptar

eu não tenho mais a cara que eu tinha
no espelho essa cara já não é minha
é que quando eu me toquei achei tão estranho
a minha barba estava deste tamanho

será que eu falei o que ninguém ouvia?
será que eu escutei o que ninguém dizia?
eu não vou me adaptar, me adaptar

___________________________

CD: Volume Dois; Titãs, 1998.
CD: Go Back; Titãs, 1988.

sábado, 9 de junho de 2007

Makes Me Wonder

I wake up with blood-shot eyes
Struggled to memorize
The way it felt between your thighs
Pleasure that made you cry

Feels so good to be bad
Not worth the aftermath, after that
After that
Try to get you back

I still don't have the reason
And you don't have the time
And it really makes me wonder
If I ever gave a fuck about you

Give me something to believe in
'Cause I don't believe in you anymore, anymore
I wonder if it even makes a difference to try
So this is goodbye

Got them resting in my head
Decisions that made my bed
Now I must lay in it
And deal with things I left unsaid

I want to dive into you
Forget what you're going through
I get behind, make your move
Forget about the truth

I still don't have the reason
And you don't have the time
And it really makes me wonder
If I ever gave a fuck about you

Give me something to believe in
'Cause I don't believe in you anymore, anymore
I wonder if it even makes a difference,
It even makes a difference to try

And it's over, hurt the feeling
But I don't believe it's true anymore, anymore
I wonder if it even makes a difference to cry
So this is goodbye

I've been here before
One day, a week
And it won't hurt anymore
You caught me in a lie
I have no alibi
The words you say don't have a meaning

'Cause
I still don't have the reason
And you don't have the time
And it really makes me wonder
If I ever gave a fuck about you
And I... and so this is goodbye
______________________________

CD: It Won't Be Soon Before Long; Maroon 5, 2007.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Depois do Fim

Terminou
Quem não vê
Tudo se desfaz um dia
Mas até que chegue o fim
As memórias não se apagam
Não nos deixam esquecer

Quem mentiu, quem falou
Esperando o que não vinha
Qual dos dois duvidou

Das promessas do destino?
E das provas de amor?

Dizem que o perdão
Vem depois do fim
A cortina cai
Só depois do fim

O estranho é ter paz
Quando o certo era vertigem
O estranho é saber
Que já não há mais sentido
Nem motivo pra tentar

Dizem que o perdão
Vem depois do fim
A cortina cai
Só depois do fim

Guardo o que restou

Pra mim depois do fim
_________________________

CD: Esse Som Me Faz Tão Bem; Acústicos e Valvulados, 2005.

sábado, 2 de junho de 2007

Metal Heart

I wish I had a metal heart
I could cross the line
I wish that I was half as good
As you think I am

But now that we know for sure
They’re telling lies when they say
No one gets hurt and therefore nobody dies
You know it´s hard to believe
Anything that you hear
They say the world is round

Wish I was as big as you
You’d have to tell the truth
I’d be nothing you could hurt
Nothing you could use

But now that we know for sure
They’re telling lies when they say
No one gets hurt and therefore nobody dies
You know it´s hard to believe
Anything that you hear
They say the world is round
The world is round?

I want to be dependable,
I want to be courageous and good
I want to be faithful
So that I can be heroic and true
I want to be a friend you can rely on
You can lean on and trust
I want to understand So I can forgive
And be willing to love

I wish I wasn’t flesh and blood
I would not be scared
Of bullets built with me in mind
For then I could be saved

My sweet lord take care of me
For I think I’m done
Kiss my mother on her cheek and
Lay my burden down

__________________________


CD: Bleed Like Me; Garbage, 2005.

quinta-feira, 31 de maio de 2007

Keep the Dream Alive

'Four Seasons' seconds flicker and flash, I’m alone
A lonely scream provides the sceneIt’s no home

Every night I hear you scream,
But you don’t say what you mean
This was my dream, but now my dream has flown

I’m at the crossroads waiting for a sign
My life is standing still, but I’m still alive

Every night I think I know
In the morning where did it go
The answers disappear when I open my eyes

I’m no stranger to this place
Where real life and dreams collide
And even though I fall from grace
I will keep the dream alive
_________________________

CD: Don't Believe the Truth; Oasis, 2005.