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sábado, 7 de junho de 2008

Nayana Rasurada

Sim, eu sei que deveria ser em outro blog, mas que se dane. Eu quero nesse, porque de repente essa música não foi uma simples música, foi-me um momento inteiro, e um momento doloroso daqueles de rasgar a página do diário.

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Rasura
Oswaldo Montenegro

Me desculpe o mesmo gesto
Meu constante gesto insano
Que por mais que a mente negue
Teu coração ele marcou
Como a lógica dos fatos
Que eu traí a todo instante
Rasurando nosso branco
Com a mistura que eu sou
Me desculpe o gesto louco
A aspereza da loucura
'Inda queima no meu calmo
Doido e calmo coração
Mas por que, se a gente é tanto
Nosso amor sofreu rasura?
Nosso inconfundível gesto
eu desfiz na minha mão
Me desculpe, ou melhor, não
Me abraça e comemora
Que a rasura que foi feita
Foi perfeita na sua hora
E mais que o mais perfeito
Rasurar valeu a pena
Como esteve rasurado
O primeiro original
Do mais lindo poema

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Desnecessárias quaisquer outras palavras; Bandeira fica pra outro dia, que agora eu não tô legal.

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